Pouco antes das 16:00 (07:00 em Lisboa), os sul-coreanos detetaram a trajetória de um míssil disparado de território norte-coreano, da secção ocidental da fronteira que divide a península coreana, disse um porta-voz à agência noticiosa francesa AFP.
"Em resposta, o nosso exército disparou dezenas de obuses de 155 mm em direção ao local de onde as tropas norte-coreanas lançaram o míssil", de acordo com um comunicado do ministério.
"Reforçamos o nosso nível de alerta e vigiamos atentamente os movimentos do exército norte-coreano", acrescentou o texto.
Até ao momento, desconhece-se qual a unidade sul-coreana visada, ou mesmo se soldados sul-coreanos foram visados, e não foi assinalado qualquer impacto em território da Coreia do Sul.
Um representante das autoridades locais do município de Yeoncheon, a cerca de 60 quilómetros a norte de Seul, disse que os habitantes de várias aldeias fronteiriças receberam ordens para se protegerem em abrigos antiaéreos.
Os dois países atravessam novamente um novo momento de tensão, depois de, no início do mês, dois soldados sul-coreanos terem ficado gravemente feridos na explosão de minas colocadas na zona sul da fronteira coreana.
Após uma investigação, Seul concluiu que as minas foram colocadas por militares norte-coreanos, infiltrados em território sul-coreano, mas Pyongyang negou qualquer implicação no caso.
Na segunda-feira, 50 mil soldados sul-coreanos e três mil norte-americanos iniciaram manobras militares de larga escala, que simulam um ataque da Coreia do Norte.
Pyongyang classificou o exercício, que vai decorrer até 28 de agosto, como uma "declaração de guerra".
Norte e Sul continuam tecnicamente em guerra, uma vez que a Guerra da Coreia terminou com a assinatura de um armistício que nunca foi substituído por um tratado de paz entre os dois vizinhos.
Lusa/SOL