CTT querem vender seguros de saúde ainda este ano

Os gestores dos CTT encaram o ano de 2015 com fortes expectativas de cumprir a estratégia definida. A área dos serviços financeiros continua a ser um dos principais ‘drivers’ do crescimento dos Correios e uma clara aposta para o futuro.

Para expandir o negócio dos serviços financeiros, os CTT admitem reforçar a oferta com a venda de seguros de saúde ainda este ano. “Independentemente, mas relacionado com o arranque do Banco, encontram-se em análise novos produtos financeiros e/ou novas parcerias para complementar a oferta actual e assegurar a sustentabilidade do crescimento” da área dos serviços financeiros. “A oferta de seguros de saúde é uma dessas iniciativas e será lançada ainda este ano”, acrescenta o relatório e contas do primeiro semestre do ano.

De acordo com o documento, “o ano de 2015 será de consolidação da posição relevante como colocador de produtos de poupança a par com o lançamento de novos produtos e serviços, assim como o início da actividade do Banco CTT prevista para o 4º trimestre”.

Os CTT estimavam ter lançado seguros de saúde e cartões pré-pagos ainda em 2014.

Oferta do Banco CTT com evolução faseada

A oferta do Banco CTT será “simples” e “irá evoluir ao longo da existência” da instituição, refere o relatório e contas. No documento, os Correios fazem um ponto de situação relativo à constituição e início de actividade do Banco CTT, cuja autorização concedida pelo Banco de Portugal está válida até 27 de Novembro de 2015.

“O início de actividade do Banco (que se estima que venha a ocorrer no último trimestre de 2015) depende de um conjunto alargado de tarefas e da apreciação pelo Banco de Portugal do Registo Especial entregue no passado 6 de Julho”, esclarece a empresa.

No extenso dossier enviado ao supervisor consta o business plan do Banco CTT, o contrato de sociedade do Banco Postal, os dossiers de autorização dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, o modelo de governo e estrutura organizativa, entre muitos outros elementos.

Tal como a empresa já tinha referido em comunicado, o modelo proposto prevê a partilha de recursos físicos, técnicos e humanos entre os CTT e o Banco Postal e um ‘roll-out’ das lojas mais rápido, “de forma a alcançar uma presença geográfica mais vasta a partir do dia de abertura ao público em geral”.

O processo poderá ser desenvolvido em duas fases – abertura faseada seguida da abertura para o grande público. Os CTT adiantam ainda que pretendem manter uma “estreita interação” com o supervisor, no sentido de “endereçar adequadamente a aplicação das melhores práticas de gestão sã e prudente desde o início da atividade do Banco, defendendo os conceitos de dispersão geográfica, inclusão financeira e confiança na marca CTT”.

Recorde-se que Luís Pereira Coutinho será o CEO do Banco CTT.

Os serviços financeiros já representam 11% do total de rendimentos operacionais dos Correios. De Janeiro a Junho deste ano, o lucro reportado dos CTT cresceu 8,6% para 39,2 milhões de euros.

sandra.a.simões@sol.pt