"O Estado social é um instrumento de defesa da liberdade", vincou Centeno, para quem uma desigualdade no acesso a oportunidades – económicas e sociais – "reduz a capacidade" de produção do país e "gera círculos viciosos" negativos.
Manuela Ferreira Leite, por seu turno, lembrou que o Estado social e temas como a Segurança Social são de uma importância "que nunca é demais sublinhar", e chamou a atenção para a "desconfiança" dos cidadãos nas reformas.
Tentou-se passar a ideia, concretizou a antiga ministra das Finanças e líder "laranja", de que "a Segurança Social era a causa de todos os males", o que "deu azo a uma perda de confiança no sistema".
Com o ajustamento económico do país, foi "pela primeira vez violado o contrato entre cidadãos e o Estado", prosseguiu a responsável, ainda falando sobre as reformas e a Segurança Social.
Mário Centeno e Manuela Ferreira Leite apresentaram hoje, em Lisboa, o livro "Cuidar do Futuro", de Pedro Adão e Silva e Mariana Trigo Pereira.
Na audiência estiveram diversas figuras do plano político e social: os ex-Presidentes da República Ramalho Eanes e Jorge Sampaio, o candidato a Belém Sampaio da Nóvoa, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, o líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, o advogado João Araújo, o músico João Gil, o empresário Luís Montez e o ex-futebolista Diamantino foram alguns dos presentes no evento.
Lusa/SOL