A professora de inglês explica ao jornalista da Sky News, enquanto penteia o cabelo da menina, que fugiu da cidade de Damasco – "aquilo está muito mal. Não há comida, não há pão". Passou da Síria, para a Turquia, Grécia até à Sérvia.
Foram 10 dias de viagem, feita ilegalmente por não terem passaportes sírios, acompanhada pelo irmão, Hassan, e pela filha Alma, que custou cerca de dois mil euros por pessoa. Atualmente, diz, já não tem mais dinheiro. "Não tenho comida. Não sei como vou alimentar a minha filha".
Agora encontra-se na fronteira para entrar na Hungria, tal como outros milhares de refugiados, à espera que a polícia abra a fronteira. Não sabe quanto tempo terá de espera, mas não tenciona passar a fronteira ilegalmente, através do arame farpado. "É muito difícil ficarmos aqui mais uma noite".
“Não temos nenhum plano. Só queremos passar e ir para qualquer país que seja seguro”, diz Rasha, acrescentando que não quer ficar na Hungria.
Esta mãe garante que está a fazer esta viagem por Alma. “Eu quero ir pela minha filha. Toda a gente que está aqui está a fazer isto pelos filhos. Não me interessa o meu direito a viver uma vida segura, só quero isso para a minha filha. Quero que ela vá à escola. É um direito simples”, explica a professora.