Passos e Costa responderam a temas mais concretos, nomeadamente sobre Europa, refugiados, questões laborais, emprego, mexidas no IRS, Segurança Social e Educação.
A Segurança Social continua a ser um dos calcanhares de Aquiles do PS. O líder socialista não conseguiu explicar onde vai poupar 1020 milhões de euros nas prestações sociais não contributivas, uma medida inscrita no programa do PS e que Costa não concretizou onde irá haver haverá cortes. Disse apenas que iria “analisar” e que o assunto seria tratado “no quadro da concertação social”.
“Não me diga que não sabe quais são”, aproveitou Passos, referindo ainda que as medidas do PS na Segurança Social pesam 5,5 milhões de euros e sendo assim “o Estado deixará de ter condições para pagar pensões no próximo ano.
Neste ponto, Costa comprometeu-se com o aumento de todas as pensões mínimas, apesar do congelamento das restantes, enquanto Passos insistiu em puxar o PS para negociar com a coligação a reforma do sistema de pensões. “Quer ganhe, quer perca, estarei disponível no dia a seguir às eleições para me sentar e discutir”, disse Passos, assumindo que mesmo com uma derrota a 4 de Outubro poderá continuar à frente da liderança do PSD.
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O líder do PSD esteve desta vez mais combativo do que no debate transmitido pelas televisões e explicou que a dívida que António Costa afirma ter cortado quando esteve à frente da Câmara de Lisboa só foi possível ser diminuída com a ajuda do Governo. “A retórica sobre a gestão da dívida em Lisboa é vazia. Não fosse o Governo comprar os terrenos do aeroporto e o senhor não tinha conseguido reduzir a dívida”, acusou Passos.
Em matéria de impostos, foi Costa quem esteve mais ao ataque. “Conhece alguma família que tenha pago menos impostos?”, questionou, depois de Passos referir que o Governo alargou os benefícios fiscais para as famílias. O líder da coligação hesitou na resposta: “Conheço várias…”. “Ainda bem. Era o que eu julgava, devem ser todos amigos seus”, rematou Costa.