"Se eu ganhar as eleições, o Governo será conhecido depois de eu ganhar as eleições mas ninguém estranhará que, sendo o doutor Paulo Portas o presidente do segundo maior partido, que ele continue como vice primeiro-ministro. Isso é o que tem todo o sentido face à nossa experiência", afirmou Pedro Passos Coelho.
Numa entrevista à RTP, conduzida pelo jornalista Vítor Gonçalves, Passos Coelho recusou mais comentários sobre um futuro elenco ministerial, nomeadamente sobre a continuidade de Maria Luís Albuquerque nas Finanças, considerando que esta é uma matéria em que tem de haver "cerimónia".
Sobre acordos com o PS para a Segurança Social, Passos afirmou ter "a certeza absoluta que o PSD estará no dia a seguir às eleições, qualquer que seja o resultado, disponível, para fazer um acordo de regime sobre a Segurança Social".
Questionado sobre se isso será independente da liderança do PSD respondeu: "Isso não tenho dúvida nenhuma".
Perante a insistência para que esclarecesse se ficará na presidência do PSD mesmo que não ganhe as eleições, respondeu com o seu passado enquanto líder da oposição.
"Não estou como candidato novamente a primeiro-ministro a dizer às pessoas que estou a pensar o que vai acontecer se eu perder. Mas os portugueses sabem uma coisa, é que eu já estive no maior partido da oposição como líder, antes de ser primeiro-ministro presidi ao PSD na oposição e, não por ter grande proximidade ou gostar muito do governo socialista de então, não faltei com o apoio que era indispensável – várias vezes, não foi uma – para ajudar o país a evitar um resgate", afirmou.
Lusa/SOL