Já num almoço em Bragança, Costa assumiu que terá como uma das suas “funções centrais a valorização do interior como condição de desenvolvimento do país”. Para isso, prometeu a criação de uma unidade de missão de valorização do interior na dependência do primeiro-ministro.
Num distrito em que as listas de deputados abriram querelas internas, o secretário-geral do PS quis deixar uma “saudação muito sincera” a Mota Andrade, um segurista que ficou de fora das listas para dar lugar ao secretário-geral para a organização do partido, Jorge Gomes. Ficou o apelo à unidade interna.
Durante a manhã, Costa visitou o empreendimento hidroagrícola do Vale da Vilariça onde deixou um objectivo: alcançar mais 60 mil hectares de regadio no país através, por exemplo, de novas barragens. A dificuldade maior para estes agricultores é arranjar água, contou a Costa Gil Freixo, um dos agricultores que cultivam nos cerca de 2500 hectares deste vale. Com mais água, Gil Freixo estima aumentar a sua produção entre 5 a 10%.
Já um socialista da terra pediu a Costa para se bater contra Passos e “dar uma explicação sobre a Segurança Social”. O líder do PS aproveitou para deixar uma garantia: “Eles querem um acordo para rever a Constituição e cortar 600 milhões. Não vai haver acordo”.
Mas o tema era a agricultura e foi para ouvir as preocupações dos agricultores do interior que Costa ali estava. Fernando Brás, presidente da Associação dos Regantes, não deixou escapar a hipótese de pedir uma baixa de IRC para o interior. Mas sobre isso, Costa não se comprometeu.
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