Nos últimos dias de campanha, o PS tem-se concentrado em apelar aos indecisos, uma grande fatia do eleitorado que têm esperança de conquistar. “Não haveria nada pior no quadro financeiro e económico do que gerarmos a incerteza e deixarmos para outro a escolha que cabe a cada um dos portugueses”, defendeu Costa.
“Porque vamos deixar para debates jurídicos, para a escolha do Presidente da República, porque vamos deixar para jogadas políticas na Assembleia da República o que cada um pode soberanamente decidir?”, questionou o líder do PS, num recado a Cavaco Silva.
No caso de o PS ter mais votos e a coligação mais deputados, como já apontou uma sondagem, cabe ao chefe de Estado interpretar a Constituição que diz que o Governo a tomar posse será aquele com um maior resultado eleitoral. E o Presidente da República já disse que “tem na cabeça” o que fará depois de 4 de outubro, enquanto Passos Coelho disse ter “confiança” em Cavaco.
“Há várias razões para as pessoas estarem indecisas”, tentou dizer Costa que foi perdendo a voz ao longo do discurso e neste ponto teve mesmo que o interromper. O líder do PS discursará no final do almoço que será seguido da habitual descida do Chiado.