No caso do CDS-PP, está também já marcada uma reunião do Conselho Nacional, para terça-feira à noite, tendo como ordem de trabalhos "análise dos resultados eleitorais" e "acordo político de Governo". No PSD, não foi, pelo menos por enquanto, convocada uma reunião do órgão máximo entre congressos.
Hoje à tarde, o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, ouvirá "os mais próximos" sobre aqueles dois pontos, disse à Lusa fonte deste partido, referindo-se à reunião da Comissão Executiva, que decorrerá em paralelo com uma reunião da Comissão Política Permanente do PSD. Destes dois órgãos fazem parte os presidentes, vice-presidentes, líderes parlamentares e secretários-gerais dos dois partidos.
As reuniões das comissões políticas do PSD e do CDS-PP acontecerão na terça-feira durante a tarde.
No discurso de vitória da coligação PSD/CDS-PP nas eleições legislativas de domingo, o presidente dos sociais-democratas, Pedro Passos Coelho, anunciou que os dois partidos iriam "de forma muito expedita" reunir os respetivos órgãos nacionais para formalizar um acordo de Governo.
"Já acertei com o doutor Paulo Portas, em consequência do resultado que registámos nestas eleições, que iremos promover de forma muito expedita à convocação dos órgãos nacionais dos respetivos partidos para formalizar um acordo de Governo, que sempre esteve subjacente ao acordo de coligação", declarou Passos Coelho, num hotel em Lisboa onde a coligação PSD/CDS-PP acompanhou a noite eleitoral.
Com o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, ao seu lado, Passos Coelho acrescentou: "Nestes primeiros dias da semana, portanto, faremos, como nos compete, o passo que é indispensável para que se possa comunicar ao senhor Presidente da República que a força política mais votada nas eleições está disponível para formar o Governo, e com isso contrair todas as responsabilidades inerentes aos resultados das eleições".
A coligação formada por PSD e CDS-PP venceu com 38,55% dos votos (o que representa 104 deputados), tendo perdido a maioria absoluta, e o PS foi o segundo partido mais votado, com 32,38% (85 deputados), estando ainda por atribuir quatro assentos na futura Assembleia da República, referentes aos círculos da emigração.
Lusa/SOL