“Temos obrigação de colocar de lado as diferenças mais significativas”, afirmou Passos Coelho, que disse ter expressado a Cavaco que os dois partidos [PSD e CDS] mantêm espírito de “manutenção de governabilidade”. A coligação tem claramente a “responsabilidade de procurar criar condições de governabilidade para o país”, defendeu.
Agora que o acordo entre os dois partidos está firmado, Passos vai avançar para “uma proposta solução de diálogo, compromisso e de garantia de governabilidade para o país”.
Antes de Passos Coelho, falou Paulo Portas que realçou o projeto de governar nos próximos quatro anos: “Esperamos de todos o mesmo sentido democrático”.
“Estamos a dar o primeiro passo para que Portugal tenha um Governo e Portugal precisa de ter um governo para poder completar um ciclo de recuperação económica. Em campanha assinalam-se as diferenças, sublinham-se os contrastes e fazem-se as escolhas. No dia das eleições o povo fala. Depois é tempo de trabalhar para a governabilidade e estabilidade do país”.
Portas admitiu que “o resgate foi muito duro para muitas pessoas e muitas famílias” e que “há feridas por sarar”. “Teremos uma legislatura em que podemos consolidar o crescimento económico, tudo isto num quadro de prudência financeira”.
O líder do CDS recordou ainda: “Mesmo em tempo de maioria absoluta foi possível fazer um acordo de concertação social, desbloquear a questão do salário mínimo com o acordo dos parceiros sociais. A cultura de compromisso não é estranha a nenhum partido democrático e esperamos de todos o mesmo sentido democrático”.
"Quando não há maioria absoluta, é preciso promover o caminho da governabilidade", voltou a sublinhar.