O documento ‘Tendências e projeções na Europa’ de 2015 mostra “que, entre 1990 e 2014, as emissões de gases com efeito de estufa da Europa diminuíram 23%, tendo atingido os níveis mais baixos jamais registados”, assinala o organismo.
“Estes resultados falam por si: entre 1990 e 2014 a Europa conseguiu reduzir as suas emissões em 23%, tendo a economia europeia crescido 46% durante o mesmo período. Mostrámos a todos que a proteção do clima e o crescimento económico podem avançar em simultâneo”, comentou, sobre os resultados obtidos, o comissário europeu para a Ação Climática e a Energia, Miguel Arias Cañete.
Espera-se, agora, que “a UE possa alcançar uma redução de 24 % até 2020, e uma redução de 25 % se forem adotadas as medidas suplementares já previstas pelos Estados-membros”, nota a Comissão, baseando-se nas últimas projeções dos 28 países.
Próximo objetivo: reduzir emissões em 40% até 2030
Bruxelas garante estar já “a trabalhar para atingir o seu objetivo para 2030 no sentido de reduzir as suas emissões em, pelo menos, 40 %” e acrescenta que este será o seu "contributo para o novo acordo global sobre alterações climáticas a concluir em dezembro, em Paris".
Para o diretor executivo da AEA, Hans Bruyninckx, “os esforços envidados pela Europa para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e investir na eficiência energética e nas energias renováveis têm obtido bons resultados”.
O mesmo responsável nota, porém, que “para alcançar os objetivos a mais longo prazo, para 2030 e 2050, será necessário operar uma mudança fundamental na forma como se produz e utiliza a energia na Europa”.