Festival literário Folio atraiu 30 mil visitantes a Óbidos

Trinta mil visitantes passaram pelo Folio — Festival Literário Internacional de Óbidos que hoje encerrou depois de onze dias de folia em torno do livro, considerados pela organização uma aposta ganha.

"Ando há mais de 25 anos em festivais e é a primeira vez que vejo uma primeira edição de um festival tão interessante, tão rico e com tanto público", disse à Agência Lusa José Eduardo Agualusa,  um dos curadores do Folio. 

O festival recebeu, segundo a organização "30 mil visitantes" nesta primeira edição, cujo sucesso Agualusa considera dever-se "à qualidade da programação" mas também ao facto de "ser organizado por uma autarquia com experiência em eventos e às caraterísticas da própria vila que é muito atrativa e dá a possibilidade de fazer muitas coisas em simultâneo em espaços muito diferentes".

 De acordo com o curador, "há pequenas coisas que se podem melhorar" em próximas edições, entre as quais o alargamento a áreas como a criação de "oficinas de conto literário, aproveitando a duração do evento para "fazer coisas de maior fôlego e poder fidelizar o público".

O escritor, que manifestou o desejo de se manter como curador durante mais um ano, defendeu para as edições seguintes "a rotatividade de curadores" e disse ser fundamental "não repetir autores ou temas", embora deva ser mantida a relação à lusofonia.

"Esta foi verdadeiramente uma aposta ganha", afirmou o presidente da câmara de Óbidos, Humberto Marques, no final do evento que contou com 459 criadores, 200 autores, 154 sessões literárias, 56 ilustradores, 37 conferências, 36 espetáculos, 14 exposições e 13 livrarias nas quais se concentram mais de 200 mil livros.

"Ter a sociedade portuguesa a aderir a aulas, tertúlias, conversas de bolso mesas e espetáculos sempre com uma adesão muito expressiva é um sinal claro de grande confiança para o futuro" do festival acrescentou.

O festival desenvolveu-se em cinco capítulos – Folia, Folio Autores, Folio Educa, Folio Ilustra e Folio Paralelo – e representou um investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários.

Lusa/SOL