A deslocação e as declarações do novo ministro ficaram, aliás, marcadas por várias referências religiosas. "A fúria da natureza não foi nossa amiga. Deus nem sempre é amigo. Também acha que de vez em quando nos dá uns períodos de provação. Em quase todo o lado, excepto em Albufeira, o nível autárquico foi suficiente de acordo com as medidas. E só não foi suficiente aqui em Albufeira, porque a força da natureza, na fúria demoníaca, embora os ingleses digam que é um acto de Deus, um 'act of God', a gente tem traduzir de outra maneira…", acrescentou Calvão da Silva.
'Lição de vida' para quem não tem seguro
Antes, e a propósito dos avultados danos materiais causados pela forte precipitação e pelas inundações sobretudo nas zonas de Albufeira e de Quarteira, já o ministro da Administração Interna considerara que o temporal é uma “lição de vida” e congratulou-se por muitos dos que foram afetados já terem accionado os seus seguros. “Verifiquei que há muita gente que diz que já accionou os seus seguros. Fantástico. As pessoas estão conscientes que há outros mecanismos para além dos auxílios estatais”, afirmou Calvão da Silva, sublinhando a necessidade de os comerciantes terem seguro. “Cada um tem um pequeno pé-de-meia. Em vez de o gastar a mais aqui ou além, paga um prémio de seguro. Não imagina a quantidade de pessoas que falaram que já accionaram o seguro. Isto é uma lição de vida para todos nós.”
E por falar em lições de vida Calvão da Silva deixou uma para os comerciantes que não tinham seguro: “Quem não tem seguro, aprende em primeiro lugar que é bom reservar sempre um bocadinho para no futuro ter seguro. Em segundo, é bom esperar que o levantamento seja feito pela autarquia, que é a autoridade adequada, e mostrar que os requisitos de calamidade se verificam”.