Nunca fui ainda assim a favor da igualdade entre homens e mulheres, mas sim a favor da igualdade de direitos, valores e liberdades porque acho convictamente que uns terão mais vocação para alguns trabalhos e outros mais sensibilidade para outros, até pela nossa morfologia e características físicas, achando porém que quando se tratam de cargos de chefia essa diferenciação não deve de todo existir, uma vez que nesses casos as premissas para o sucesso têm que ser avaliadas de forma singular, de pessoa para pessoa, e não colocando a distinção de uma forma tão pouco assertiva.
Vejo ainda assim recorrentemente mulheres bonitas serem gentilmente convidadas para entrevistas ou mesmo para reuniões de trabalho com emprego quase garantido por alguns vendedores de sonhos que entre um copo e uma música se usam de todo e qualquer argumento para atingirem os seus objectivos momentâneos – nem que para isso seja preciso usar e abusar de alguma fragilidade da outra pessoa ou de lhe fazer acreditar que as intenções quanto à oportunidade que procuravam são as mais nobres e sinceras.
Pior ainda é algumas mulheres de sucesso serem recorrentemente julgadas pela sua beleza exterior quando o que atingiram se deveu à sua capacidade de trabalho, ao esforço, empenho e talento e isso, de facto, não vejo ao contrário. Um homem de sucesso é considerado pelo sucesso que almejou e não pelo seu aspeto físico. Ainda há pouco tivemos um exemplo disso quando uma mulher atingiu a fama pela sua capacidade de oratória e pelo seu sucesso político (politiquices à parte) e logo surgiu um abaixo-assinado para que a dita posasse para a Playboy.
Embora também existam mulheres que tudo fazem para sobressaírem pelo seu aspeto físico, conquistando oportunidades à custa do imaginário dos homens, acho que já era tempo de darmos o devido valor a quem o tem e de reconhecermos as suas capacidades pelo que atingem. Ninguém precisa de tapar os olhos, basta não olharem para elas como um mero objeto sexual…