Esta decisão foi anunciada aos jornalistas no final da Conferência de Líderes pelo presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, que referiu já a ter comunicado ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
"O 25 de Abril deu-nos a liberdade, o 25 de Novembro confirmou-a perante ameaças de regimes totalitários. Creio que, na casa da democracia que é a Assembleia, é fundamental que se possa fazer uma evocação o mais consensual possível e com a dignidade que essa data e esse aniversário merece", defendeu o líder parlamentar do CDS-PP.
Interrogado sobre por que motivo PSD e CDS-PP não propuseram assinalar o 25 de Novembro de 1975 na anterior legislatura, quando tinham maioria de deputados para aprovar essa proposta, Nuno Magalhães respondeu: "Porque não fazia 40 anos".
Nesta nova legislatura, sociais-democratas e centristas têm, juntos, 107 deputados, e os partidos à sua esquerda somam mais de metade dos deputados e estão a preparar uma solução alternativa de Governo, devendo rejeitar o programa do executivo PSD/CDS-PP.
Neste novo quadro parlamentar, os primeiros diplomas que PSD e CDS-PP agendaram, hoje em Conferência de Líderes, para debate em plenário foram projetos de resolução sobre os compromissos europeus de Portugal e a reestruturação da dívida, e também sobre os compromissos internacionais em matéria de política externa e de defesa – matérias em relação às quais PS, PCP e BE têm divergências.
Lusa/SOL