A União das Juntas de Freguesia de Ovar convidou a família – um casal com três filhas – e cedeu-lhe uma casa com três quartos por um período de dois anos. Além disso, uma empresa multinacional, que fica a apenas um quilómetro da casa, ofereceu dois postos de trabalho a Ali e à sua mulher, Nada.
Um grupo de voluntários vai agora acompanhar a família na aprendizagem do português.
“Cumprimos com tudo com que me comprometi com o Ali e a Nada na estação de comboios de Viena de Áustria. Viajámos em segurança, e uma vez em Portugal, o processo de legalização decorreu com a máxima celeridade. Foi-lhes atribuída licença de residência, ganharam amigos e uma nova família, iniciaram a aprendizagem da nossa língua, dos nossos hábitos e costumes e estão agora preparados para integrar social e profissionalmente a sociedade portuguesa como quaisquer outros cidadãos estrangeiros que residam em Portugal”, escreveu Nuno Félix.
O português conclui que a sua ação “valeu a pena” e que “não há gratidão maior” do que aquela que sente por Ali e por Nada, por lhe terem "confiado as suas vidas" em todos os momentos "desde a hora em que entraram no carro para Portugal” e conta que o homem sírio o trata por irmão.