"Em nome do povo iraniano, que foi também vítima do terrorismo, condeno vigorosamente estes crimes contra a Humanidade e apresento as minhas condolências ao povo francês e ao Governo", escreveu Rohani, numa mensagem dirigida ao Presidente francês François Hollande.
Ainda de acordo com a agência de notícias oficial iraniana, Irna, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Teerão, Mohammad Javad Zarif, confirmou que Rohani adiou as visitas a Itália, ao Vaticano e a França.
"Os acontecimentos em Paris mostram, mais uma vez, que o terrorismo e o extremismo são uma ameaça internacional e é necessária uma cooperação internacional para lutar contra o fenómeno. O Irão participará ativamente nesta luta", declarou o ministro, que tinha participado numa reunião em Viena, na Áustria, sobre o conflito na Síria.
O Irão, que apoia o regime sírio de Bachar al-Assad, considera que a prioridade para parar aquele conflito – com mais de 250 mil mortos desde 2011 – é lutar contra os grupos terroristas como o Estado Islâmico (EI), que reivindicou os atentados de Paris, e a Frente al-Nosra, o ramo sírio da Al-Qaida.
O grupo extremista autodenominado Estado Islâmico reivindicou hoje, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais um português, confirmado, e 352 feridos, 99 em estado grave.
Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo fontes policiais francesas.
Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras, na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".
Lusa/SOL