"Tenho que concluir que é necessário atuar coordenada e concertadamente para liquidar de vez o Estado Islâmico", declarou o antigo chefe de Estado.
Ramalho Eanes falava em Castelo Branco, à margem de uma cerimónia de homenagem que a Câmara de Castelo Branco lhe fez.
Questionado sobre a justificação ou não de uma ação militar, Ramalho Eanes sublinhou que tal só será possível se os grandes poderes políticos atuais (Rússia, Estados Unidos e Europa) conseguirem encontrar uma estratégia conjunta.
"Não podemos permitir que o chamado mundo livre e as democracias vivam afrontados, com medo. Temos de lhes cortão a mão", concluiu.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 128 mortos, entre os quais um português, e 300 feridos, 80 em estado grave.
Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo fontes policiais francesas.
Os ataques ocorreram em, pelo menos, seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".
Lusa/SOL