São imagens impressionantes, com pessoas a serem arrastadas, outras penduradas nas janelas e com o som de tiros em pano de fundo.
Daniel perguntava o que estava a acontecer, enquanto filmava – “o que se passa?”, ouve-se múltiplas vezes. Acabou por descer e foi atingido por uma bala no braço esquerdo enquanto auxiliava uma vítima, a quem deu guarida no seu prédio.
Ao Le Monde, recorda o que aconteceu. A televisão estava a dar um policial com tiros quando ouviu os primeiros petardos. Demorou uns instantes a perceber que o som não vinha do aparelho.
Psenny, em discurso direto:
"Decidi ir para baixo para abrir a porta para que as pessoas se pudessem refugiar. Abri a porta do prédio. Havia um homem deitado na rua. Com outro homem que não voltei a ver, trouxemo-lo para a entrada do prédio. A bala deve ter-me atingido nesse momento. Não sei, tenho uma ‘branca’. Mas lembro-me que a sensação foi de um petardo a explodir no meu braço esquerdo, e vi que ele jorrava sangue. Penso que o atirador estava na janela do Bataclan. Subimos para casa de uns vizinhos no quarto andar. O tipo que levámos para dentro tinha uma bala na perna. É um americano. Ele vomitava, estava frio, achámos que ia morrer. Chamámos os bombeiros, mas não nos podiam evacuar. Liguei então para uma amiga que é médica e me explicou como fazer um torniquete com minha camisa. Ficámos retidos até que o assalto acabou e o RAID [corpo de intervenção francês] nos veio buscar”.
Atenção: algumas imagens são chocantes
Images de la fusillade au Bataclan por lemondefr