Abdelhamid Abaaoud, 27 anos, belga
Será o cérebro dos ataques. Tem origem marroquina e terá partido para a Síria há cerca de dois anos, escreve o Libération. Aqui, "foi subindo na hierarquia” do auto proclamado Estado Islâmico. A rádio RTL refere que é um dos homens fortes da organização.
Era amigo de Salah Abdeslam – outro dos implicados, que está a monte e a ser procurado por suspeita de envolvimento nos atentados.
Residia em Molenbeek-Saint-Jean, uma ‘freguesia’ da capital belga que já foi berço de vários casos de terrorismo ligado ao islamismo radical.
Bataclan. 89 mortos. Falta identificar um dos terroristas
Ismaël Omar Mostefaï, 29 anos, francês
Filho de uma portuguesa – Lúcia Moreira, da Póvoa do Lanhoso, revelou o Expresso – e de um argelino. Apesar do vínculo materno, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, disse ontem que o seu nome não consta no Consulado de Portugal em Paris e no Registo Civil. "Não é português".
Nascido a 21 de novembro de 1985 em Courcouronnes dans l'Essonne, na periferia de Paris, tinha mais quatro irmãos. Mais tarde, a família terá ido viver para Chatres, a 80 quilómetros da capital.
Um jornal da cidade, o L’Echo Republicain, relata que o último domicílio conhecido de Ismael é em Courcouronnes, onde viverá atualmente a sua mãe. Segundo este jornal, o pai ainda residirá em Chartres, no bairro de La Madeleine – o Expresso diz que ambos vivem na zona de Paris.
Com delitos como roubo, condução sem carta ou violência registados desde 2004, acalmou a actividade criminosa depois de em 2010 ter sido pai de uma menina.
Ismael Mostefai frequentava a mesquita de Lucé, uma localidade na periferia de Chartres. E acompanhava um islamita radical: um marroquino que vivia na Bélgica e vinha com regularidade pregar na zona.
Foi assinalado pelas autoridades como uma ameaça, mas desapareceu dos radares em 2012. Sabe-se agora que esteve na Turquia, voltou a França, e voltou à Turquia em dezembro de 2014 e junho de 2015, o que foi reportado às autoridades francesas. A France-Presse avança a possibilidade de ter estado na Síria em 2014.
O seu pai e irmão – que se apresentou às autoridades – ainda estão presos preventivamente para averiguações.
Samy Amimour, 28 anos, francês
Trabalhava nos transportes públicos de Paris, sendo um jovem bem educado e muito tímido, conta o Libération. Até se radicalizar, aos 22 anos, quando começou a frequentar a mesquita de Blanc-Mesnil, uma localidade na periferia de Paris.
“Já não conseguia falar com ele, queria que não víssemos televisão, queria impor-nos o véu” ter-se-á queixado a sua mãe a pessoas próximas.
Em 2012 demite-se do emprego e é apanhado pelas autoridades francesas, com dois outros jovens, quando tentava partir para o Yemen – uma das bases da Al Qaeda, ramo de que os irmãos Kouachi, responsáveis pelo ataque ao Charlie Hebdo, se afirmaram membros.
Passa a ser vigiado, a mãe tem esperança de que o episódio com a polícia o dissuada. Tal não aconteceu. Poucos meses depois, escapa ao controlo das autoridades e acaba na Síria. Em 2014, o pai viaja até o Médio Oriente e tenta convencê-lo, sem sucesso, a voltar, relata o Le Monde. Recusou. Era conhecido como “Abu Hajia”, o que significa ‘A Guerra’.
Restaurantes e bares. 39 mortos, número desconhecido de envolvidos
Cerca de 15 minutos tiraram a vida a 39 pessoas e feriram um número maior. Um grupo ainda indefinido de homens que viajava num Seat Leon e um bombista suicida foram os responsáveis.
Brahim Abdeslam, 31 anos, francês
É de nacionalidade francesa, apesar de ter nascido a 30 de julho de 1984 em Bruxelas. Vivia em Molenbeek.
O Seat tinha sido alugado em seu nome na Bélgica, mas já não viajava no carro quando feriu cerca de 10 pessoa, após detonar um colete com explosivos perto do restaurante Comptoir Voltaire.
Um jornal belga, La Libre Belgique, afirma que esteve na Síria.
Salah Abdeslam, 26 anos, francês
Irmão de Brahim, como ele nascido em Bruxelas e a viver em Molenbeek. Trabalhou nos transportes da capital do país e também terá estado na Síria, dizem jornais belgas.
As autoridades francesas suspeitam que fosse o condutor do Seat preto alugado por Brahim. Salah também alugou um carro, desta vez o VW Polo que foi encontrado ao pé do Bataclan. Anda a monte, procurado intensamente pelas autoridades, apesar de ainda não se saber qual foi o seu exato papel nos atentados.
Ironicamente, foi mandado parar pela polícia no sábado de manhã, quando passava a fronteira para a Bélgica, mas seguiu viagem porque à altura o seu nome ainda não estava ligado aos atentados.
Os homens que com ele viajavam foram encontrados dentro do carro usado para o trajeto – outro VW, desta vez um Golf – no sábado à tarde em Molenbeek. São conhecidos por pequena delinquência e foram já acusados de “atentado terrorista e participação em actividades de um grupo terrorista”.
Equipa que atacou junto ao Estádio de França. 1 morto. Falta identificar um terrorista
Ahmad al-Mohammad , 25 anos, sírio (identidade não confirmada)
A ministra da Justiça francesa, Christiane Taubira, já confirmou que passaporte encontrado junto ao seu corpo é falso.
Mas foi ele mesmo – dado confirmado pelas impressões digitais – que passou num controle fronteiriço na Grécia a 3 de outubro. Terá viajado depois pela Sérvia, Croácia e Hungria.
Detonou os explosivos que carregava no corpo quando lhe barraram a entrada no estádio. Matou o português Manuel Dias, motorista de autocarros que viviam em Reims e tinha deixado um pequeno grupo de adeptos junto ao recinto, relata a France 3 da zona de Champagne-Ardenne.
Bilal Hadfi, 20 anos, francês
Tal como os irmãos Abdeslam, era cidadão francês mas vivia na Bélgica. Não em Molenbeek, mas a 5 km, em Neder-over-Hembeek, conta o Le Figaro.
Nascido a 22 de janeiro de 1995, radicalizou-se na primavera de 2014. O Washington Post relata que as autoridades sabiam que tinha estado no Médio Oriente – nomeadamente na Síria – mas que regressara à Belgica. Estava referenciado pelas autoridades do país, que acabaram por lhe perder o rasto.
Foi um dos bombistas suicidas, mas não causou vítimas mortais.
Mãe de um dos suicidas receava que filho se fizesse explodir