"Estamos prontos para uma cooperação prática com os países da coligação e a trabalhar com eles para definir os pormenores, que, naturalmente, respeitariam a soberania da Síria e as prorrogativas do governo sírio", declarou o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, citado pelas agências noticiosas russas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo declarou-se convencido que "com uma abordagem pragmática" poderá ser encontrada uma solução.
Após os atentados de sexta-feira em França, os ocidentais e a Rússia começaram a aproximar as suas posições sobre o dossier sírio e decidiram, com os parceiros do G20, reforçar a sua cooperação contra a ameaça 'jihadista'.
Mas Rússia e Irão de um lado e ocidentais e países árabes do outro continuam a discordar quanto ao futuro do presidente sírio, Bashar al-Assad.
"Assad representa os interesses de uma parte substancial da sociedade síria, é por isso que não chegaremos a uma resolução pacífica (do conflito) sem a sua participação", adiantou.
Lavrov lamentou que a vontade de cooperar contra o terrorismo só tenha aparecido "depois de uma tragédia", referindo-se aos atentados em Paris, reivindicados pelo EI, que causaram pelo menos 129 mortos.
"Espero que não estejamos à espera de mais desgraças (…) e que ajamos a montante, porque os terroristas não brigam entre eles e põem-se de acordo", disse ainda.
Lusa/SOL