Investigações prosseguem em Bruxelas para encontrar Abdeslam

As investigações prosseguem em Bruxelas em busca de presumíveis terroristas, entre os quais Salah Abdeslam, suspeito de ligações aos atentados de 13 de novembro em Paris, indicou hoje o ministro federal do Interior belga, Jan Jambon.

"É evidente que a ação ainda não terminou", disse o ministro a uma rádio belga, adiantando que "a vida tem que continuar", apesar de a capital belga estar paralisada há três dias em estado de alerta máximo antiterrorista.

O ministro apelou à população para que mantenha, no possível, as suas rotinas: "A vida quotidiana deve continuar", considerou.

O ministro escusou-se a adiantar pormenores sobre as 19 operações policiais que, no domingo, se saldaram por 16 detenções, continuando a monte Salah Abdeslam, o suspeito de terrorismo mais procurado na Bélgica, desde os atentados de dia 13, em Paris, que mataram 130 pessoas, incluindo um português e uma luso-descendente.

"É difícil dar detalhes sobre o inquérito, nesta fase, é demasiado sensível e a última coisa que queremos é perturbar o inquérito",  salientou, escusando-se a comentar notícias sobre a eventual fuga de Addeslam para a Alemanha.

Bruxelas acordou hoje pelo terceiro dia consecutivo em alerta máximo devido a um "risco iminente" de ataques terroristas, com as instituições europeias a funcionarem a "meio gás" e rodeadas de altas medidas de segurança, numa cidade parcialmente paralisada.

No domingo, as autoridades belgas decidiram manter para hoje o nível de alerta máximo instaurado na madrugada de sábado na região de Bruxelas, por considerarem que subsiste uma "ameaça séria e iminente" de atentados, pelo que todas as linhas de metro estão encerradas e as escolas fechadas, algo inédito na história do país.

A capital da União Europeia e sede da NATO permanece hoje em "estado de sítio", fortemente vigiada por polícias e militares.

Lusa/SOL