Defensores da sua música, que ecoa em cada esquina, que valorizo mas não aprecio particularmente, acaba por ser contagiante a forma como cantam de cor cada letra, dançando em grupo ou aos pares e ‘obrigando’ quem vem de fora a seguir os seus passos mesmo que o jeito não seja o mesmo.
No bar Whitby, num aniversário de uma amiga, constatei que o vício do ginásio, e acima de tudo da modalidade Cross Fit, está cada vez mais em voga, e mostrou-me que a vão misturando com o salero habitual dos gestos que praticam em grupo, fazendo burpees meticulosamente coreografados ao sabor de shots e gins.
Já na discoteca Kapital, de cinco pisos inundados por privados que dividem as pessoas em categorias, sendo o junto à pista naturalmente o mais importante, uma garrafa é acompanhada ao invés de aperitivos por meninas sequiosas de conhecer quem demonstra maior capacidade financeira. O acesso é-nos facultado por um segurança que nos reconhece de anos anteriores e que nos leva à mesa de um conhecido português.
A animação contagiante que se faz respirar ganha maior expressão na cabina para onde todos os olhares se deslocam com bailarinas, animadores e amigas do DJ a dançar, puxando pela pista, criando uma envolvência que obriga os presentes a seguir os seus movimentos.
Eram seguramente mais de 20 e embora o som não fosse o mais atual a magia acaba por se espalhar, teatralizando as noites como se de um espetáculo se tratasse. Um amigo ainda me contou que o after é que tem boa música, mas eu já não aguentei a pedalada e retirei-me em boa hora.