O produto de 15 gerações

Quinta Vale D. Maria lançou as suas últimas novidades. Grandes vinhos brancos e tintos que refletem bem a ligação da família Van Zeller ao vinho desde o século XVII. São sabores do Douro.

Vale D. Maria VVV Valleys (The Three Valleys) Douro Branco e Tinto são os novos vinhos da Quinta Vale D. Maria agora a chegar até ao público. O produtor Cristiano van Zeller fez o tinto com recurso à memória histórica da família, que trabalha no Douro desde o princípio do século XVII. São 15 gerações (cada V marca a passagem de cinco gerações) onde ao longo dos anos fizeram vinho das uvas existentes nos três principais vales: o do rio Pinhão (perto da Quinta do Noval), o do rio Douro (perto da Quinta de Roriz) e o do rio Torto, na própria Quinta Vale D. Maria.

Quanto ao branco, é produzido com uvas provenientes de três vinhas diferentes na zona de Murça, plantações com mais de 50 anos e a 500 metros de altitude. No tinto, abundam os frutos vermelhos, evidenciando taninos aveludados. Vinho muito fresco e com grande final de boca. O branco apresenta um nariz com muita fruta onde se notam pêssego e frutos tropicais. Muito fresco e mineral, é um vinho vibrante e equilibrado.

De seguida, provámos também o CV-Curriculum Vitae Branco 2014 feito com uvas de uma parcela que se encontra a 600 metros de altura no concelho de Murça. Uma vinha com quase 80 anos dá-nos um vinho com muita frescura, grande volume de boca, mineral e ótima acidez. Muito gastronómico, terá bastante longevidade em garrafa.

O Quinta Vale D. Maria Tinto 2013 é um blend de 41 castas diferentes de vinhas com mais de 60 anos. Muito elegante e fresco, com notas de frutos vermelhos maduros. Intenso, termina longo e frutado.

O Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca Tinto 2013 vem de uma vinha nesta mesma quinta, que foi plantada em 2004 por ocasião do 18.º aniversário da filha Francisca, recorrendo-se à casta Francisca que foi pela primeira vez plantada em Portugal, no Douro, em 1756, na Quinta de Roriz, que pertenceu à família Van Zeller até 2009. Para além desta casta (que é muito pouco oxidativa e por isto mesmo ajuda no envelhecimento dos vinhos), tem também Sousão e Rufete. É um vinho estruturado e apresenta notas minerais e frutos maduros. Equilibrado, elegante e muito fresco.

Provámos ainda o Quinta Vale D. Maria Vinha do Rio Tinto 2013, feito com uvas das vinhas mais velhas da Quinta (100 anos), onde aparecem misturadas 31 castas. Vinho totalmente fermentado em lagar, é muito complexo e elegante com aromas de framboesas, ameixas e cerejas pretas combinadas com notas de esteva.

Enfim, seis grandes vinhos que foram rematados, no final da refeição, por um Quinta Vale D. Maria Reserva Port Lote nº 12, que resulta de um blend de mais de 25 castas tradicionais do Douro. l

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