Tendo em conta o atual xadrez político e tudo o que aconteceu após as eleições legislativas de 4 de outubro, o candidato às presidenciais admite que “um dos grandes desafios” do futuro Presidente da República será “a criação de equilíbrios sem vinganças”. E quanto ao facto de, se for eleito, ter de lidar com um Governo socialista, Marcelo garante que terá bom senso e que isso não será problema: “Um Presidente coabita com qualquer Governo, nos termos que a Constituição e o bom senso preveem (…). As minhas prioridades para o mandato são três: reaproximar os portugueses, promover consensos de regime e ajudar a criar condições de governabilidade. Os acontecimentos que terminaram com a posse do novo Governo dividiram o país. A última coisa que eu quero é que essa divisão permaneça. O papel do Presidente é reequilibrar o sistema de forma a que todos os portugueses se possam sentir incluídos (…) e que os Governos não se afastem da realidade do país”.
‘Pode não haver segunda volta’
O jornal quis saber ainda como é que o candidato “avalia as suas possibilidades”, “caso tenha de disputar a eleição numa segunda volta com Sampaio da Nóvoa”. Marcelo respondeu: “Acredito que pode não haver segunda volta. E não sou eu quem escolhe quem fica em segundo ou terceiro…”.