Marcelo promete ser imparcial

“Não nego as minhas origens social democratas, mas isso não fará de mim um Presidente parcial”, diz Marcelo Rebelo de Sousa, numa entrevista ao África Digital 21, um jornal digital de informação luso-brasileira.

Tendo em conta o atual xadrez político e tudo o que aconteceu após as eleições legislativas de 4 de outubro, o candidato às presidenciais admite que “um dos grandes desafios” do futuro Presidente da República será “a criação de equilíbrios sem vinganças”. E quanto ao facto de, se for eleito, ter de lidar com um Governo socialista, Marcelo garante que terá bom senso e que isso não será problema: “Um Presidente coabita com qualquer Governo, nos termos que a Constituição e o bom senso preveem (…). As minhas prioridades para o mandato são três: reaproximar os portugueses, promover consensos de regime e ajudar a criar condições de governabilidade. Os acontecimentos que terminaram com a posse do novo Governo dividiram o país. A última coisa que eu quero é que essa divisão permaneça. O papel do Presidente é reequilibrar o sistema de forma a que todos os portugueses se possam sentir incluídos (…) e que os Governos não se afastem da realidade do país”. 

‘Pode não haver segunda volta’

O jornal quis saber ainda como é que o candidato “avalia as suas possibilidades”, “caso tenha de disputar a eleição numa segunda volta com Sampaio da Nóvoa”. Marcelo respondeu: “Acredito que pode não haver segunda volta. E não sou eu quem escolhe quem fica em segundo ou terceiro…”.

paula.azevedo@sol.pt