“Não sei como se reverte este processo. Já entraram na companhia 180 milhões [desde que a venda foi formalizada, a 12 de Novembro] e eu já gastei metade disso”, justificou o gestor, na sua intervenção durante o congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre em Albufeira até domingo.
Fernando Pinto explicitou que entende a questão política em torno da venda da TAP – assegurada pelo anterior governo de maioria PDS/CDS-PP, mas criticada pelos outros partidos que querem o grupo na esfera do Estado, mas frisa que “uma coisa é o que se gostaria e outra coisa é o que é possível”, face às dificuldades financeiras da empresa.
“Ando há 15 anos à procura de alguém que queira investir na TAP”, recordou.
“Tudo é possível, mas acho muito difícil”, reverter o processo, observou, embora defendendo que “é preciso encontrar uma solução politica para que todos fiquem satisfeitos”.
No contexto da atual maioria parlamentar, o PS tem defendido que apenas 49% do grupo se mantenha na mão de privados, enquanto PCP e Bloco de Esquerda querem a TAP totalmente pública.