Em comunicado, o banco central considera que a “diminuição sustentada” dos níveis de dívida pública e privada é "primordial". Para atingir esta meta, o aviso é claro: “A prossecução no médio prazo de um saldo das contas públicas próximo do equilíbrio, em linha com as regras do tratado orçamental europeu, constitui um objectivo desejável para a economia portuguesa”.
A instituição presidida pelo governador Carlos Costa frisa que as atuais condições favoráveis de financiamento do Estado português, que está a beneficiar de juros baixos, representam “uma oportunidade para orientar as políticas públicas no sentido de aumentar a resiliência da economia portuguesa para fazer face a choques adversos no futuro”.
Assim, acrescenta, importa “intensificar os progressos observados na correcção dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados” pela economia nacional.
Os alertas do banco central são feitos num momento em que o Governo está ainda a preparar o Orçamento do Estado para 2016, com medidas em negociação com o Bloco de Esquerda, o PCP e os Verdes.