A polémica surgiu depois de o deputado social-democrata Duarte Marques ter desafiado o historiador a sair do partido pelo seu próprio pé. “Na vida política de Pacheco Pereira, a única coisa que é incoerente é continuar a ser militante do PSD. Se pensasse como ele, teria vergonha de ser militante do PSD”, disse ao i Duarte Marques, num comentário à participação do ex-deputado do PSD numa iniciativa da candidata Marisa Matias.
Capucho classifica o apelo ao afastamento de Pacheco Pereira como “desesperado e ridículo”. Para o ex-secretário-geral do PSD, que foi expulso depois de se ter candidato numa lista de independentes nas eleições autárquicas, este “apelo à exclusão de Pacheco Pereira é revelador da ignorância trauliteira dos sectores dominantes do PSD”.
Capucho argumenta que foi a direção liderada por Passos Coelho – e não os críticos – que “se afastou radicalmente da matriz social-democrata que esteve na sua génese”.
Pacheco Pereira afastou-se da linha seguida pelo PSD desde que Passos Coelho chegou à liderança e foi um dos principais críticos internos do governo de direita. Apesar de admitir que não está confortável “neste PSD”, o comentador não vai abandonar o partido por ter ainda esperança de que o partido mude. O agora comentador está afastado da política activa há desde 2011. Dentro do PSD foi líder parlamentar e presidente da distrital de Lisboa. Foi também deputado durante várias legislaturas.