Fora de hipótese ficou Catarina Martins, já que o BE – à semelhança do PCP – decidiu não indicar o seu líder.
Com a escolha de bloquistas e comunistas – que optaram pelo histórico Domingos Abrantes – evitou-se que o Conselho de Estado se transformasse numa espécie de conferência de líderes, com representantes de todos os partidos como se chegou a vaticinar.
Pela primeira vez na história do órgão consultivo do Presidente, criado durante a Presidência de Ramalho Eanes, o BE estará representado, mas os bloquistas não acreditam que isso só por si chegue para uma mudança.
"Não me parece que a nova configuração do CE traga grande mudança ao órgão. Tudo depende do novo Presidente da República", comenta ao SOL o deputado do BE Pedro Soares.
Certo é que, se for Marcelo o próximo Presidente, o órgão reunirá quatro vezes por ano, como já anunciou o candidato que aparece à frente nas sondagens.
Louçã substitui Marcelo?
Ontem, no seu espaço de comentário na SIC Notícias, o socialista António Vitorino dizia que nesta configuração quem acabava por perder representação era o PS, por ficar apenas representado por Carlos César, cedendo um lugar ao PCP e outro ao BE, quando até agora tinha dois conselheiros.
"Louçã vai preencher a quota de comentadores televisivos", ironizava Vitorino, quando ainda não era certa a escolha do nome bloquista.
Isto, porque Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Marques Mendes fazem parte do actual Conselho de Estado. Marcelo pela quota indicada por Cavaco e Mendes pela quota indicada pelo PSD, através do Parlamento.
Portas optou por senador
Depois de se saberem os nomes indicados por PS, BE, PCP e PSD – que manterá Balsemão, não indicando Passos Coelho – soube-se esta manhã que o nome escolhido pelo CDS foi o de Adriano Moreira.
O SOL sabe que até ontem Paulo Portas não excluía indicar-se a si próprio, mas com os outros líderes partidários fora deste órgão essa solução foi excluída.
Notícia atualizada às 10h20