Recorde-se que Eanes já dispõe desta condecoração, atribuída em 9 de março de 1986.
Curiosamente, a Ordem da Liberdade também já foi concedida a Ramalho Eanes em 2004, por feitos de «natureza extraordinária e especial relevância para Portugal». Mas aí tratava-se da Grã Cruz. O Grande Colar, que agora lhe é atribuído, está reservado a antigos chefes de Estado.
Uma ‘coincidência feliz’
Quanto a Rocha Vieira, que desempenhou altos cargos militares e civi – como chefe do Estado Maior do Exército nos tempos quentes da Revolução, ministro da República nos Açores e governador de Macau –, recebe a Torre e Espada pela «dedicação, lealdade e competência» com que exerceu as funções que foi chamado a exercer.
O facto de as condecorações a Eanes e Rocha Vieira terem lugar no mesmo dia, amanhã, causou surpresa em meios militares e civis. Fonte próxima de Eanes adiantou, entretanto, tratar-se de uma «coincidência feliz» dadas as relações de amizade que existem entre os dois militares e que já vêm dos tempos da revolução.