Essa inovação, o sorteio, posta em prática o ano passado pelo governo de Passos Coelho, foi agora reconhecida como sendo eficaz no combate à fraude e evasão fiscal pelo novo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade.
E é melhor dar dinheiro em vez de automóveis? É, pelo menos por duas razões. A primeira é que com os certificados de aforro os premiados podem gastar o dinheiro no que mais precisam, ou até poupá-lo, enquanto que com os automóveis eram obrigados a consumir. A segunda razão é que os automóveis são autênticas máquinas de fabricar despesa, parte da qual volta ao fisco: é o caso dos combustíveis, onde o peso da fiscalidade é enorme, do Imposto sobre a circulação, do seguro, e das inspeções periódicas. Guardado no banco, no todo ou em parte, o fisco também irá arrecadar alguma coisa, mas as pessoas serão livres para gastarem (ou não) o dinheiro como entenderem.
Como ainda existem automóveis em stock, a mudança deverá ocorrer em abril. Que seja bem-vinda.