O problema está na grave carência de horas de sono dos jovens entre os 14 e os 24 anos de idade, alerta Kelley. E a chave está no respeito pelos nossos ritmos circadianos, ou seja, o nosso relógio biológico, ou o balanço entre as nossas horas de sono, que vai depois determinar a nossa capacidade de concentração e até alguns ritmos biológicos. Em última análise, adverte ainda o especialista, com privação de sono os jovens podem ficar mais propensos a comportamentos de risco.
Os resultados espelham a realidade britânica, mas os horários de entrada nas escolas podem ser extrapolados a grande parte dos países da Europa Ocidental. Para Kelley, citado pelo Guardian, se nada fizermos podemos estar a “comprometer uma geração inteira”. E os ritmos circadianos diferem consoante a idade: “Aos dez anos levantamo-nos e vamos para escola e isso adequa-se ao nosso estilo de vida das nove às cinco”, explica. “E quando temos 55 anos esse ritmo também é adequado. Mas, entre estas idades, tudo muda e, dependendo da idade, temos mesmo de começar o dia umas três horas mais tarde, o que é absolutamente natural”.
