O que eu acho menos aceitável é a sua recusa em apoiar desde já uma candidata presidencial que já foi lealmente sua ministra durante cinco ou seis anos, Maria de Belém. É colocar no mesmo patamar Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa, esquecendo que, enquanto ela tentava implementar as políticas dos seus governos, onde deixou obra feita, ele prosseguia a sua carreira académica, que é um objetivo mais individual.
Ao dizer que espera pela decisão do PS para tomar uma decisão sobre quem apoia, Guterres está a abdicar da sua vontade política em relação a uma escolha de primeira importância para o país. Já me tinha quase esquecido de como Guterres é indeciso, mas ele rapidamente tratou de me reavivar a memória.
Acho que a única escolha decente para Guterres será apoiar Maria de Belém, que foi sua ministra duas vezes e que nunca deixou de ter posições importantes em representação do PS. Qualquer outra decisão de Guterres, como apoiar Sampaio da Nóvoa, revelará uma grande ingratidão.