O grupo Renault manifestou, esta quinta-feira, total cooperação no âmbito dos trabalhos da comissão independente e das investigações levadas a cabo pelo ministério da economia francês, na sequência das buscas efetuadas pelas autoridades francesas.
O fabricante desmentiu a ligação entre as buscas efetuadas e qualquer manipulação de emissões, garantindo que os testes levados a cabo pela Direção Geral da Energia e do Clima (DGEC) “não evidenciaram a presença de qualquer software fraudulento nos modelos da Renault”. Mas, enquanto garantia “total colaboração”, admitiu a visita das autoridades às suas instalações, designando-as como “complemento de investigação” para “validar os primeiros elementos de análise realizados pela comissão técnica”.
Em comunicado, o grupo refere que após a revelação pela EPA — Agência Americana de Proteção do Ambiente, da existência de um 'software' do tipo "Defeat Device" [dispositivo de manipulação] num construtor automóvel de primeiro plano, "estão em teste 100 automóveis, dos quais 25 da Renault, um número que corresponde à quota de mercado da marca em França".
No entanto, o dirigente sindical da CGT (Confédération Générale du Travail), Florent Grimaldi, confirmou à Reuters que as buscas na Renault foram efetuadas em “vários sítios” e que, apesar de a administração não ter confirmado que está em causa as emissões de óxido de azoto, “pelos setores que foram inspecionados”, os trabalhadores "acreditam que está relacionado”.