François Hollande apresentou, esta segunda-feira, o plano de urgência para combater a atual taxa de desemprego que afecta mais de 2,94 milhões de pessoas. O pacote de medidas está avaliado em mais dois mil milhões de euros que inclui a formação de desempregados e a atribuição de estímulos à contratação.
De acordo com o presidente francês, as novas medidas anunciadas serão financiadas por poupanças do Estado e sem recurso a novas responsabilidades orçamentais.
Metade dessa verba será destinada à formação de 500 mil pessoas sem ocupação profissional, ao passo que a contratação de novos efectivos contará com um incentivo estatal, que pode ascender a dois mil euros por ano para empresas com menos de 250 trabalhadores que integrem novos colaboradores. Esta parte do apoio, que durará dois anos, é dada às empresas na condição de que paguem entre um e 1,3 salários mínimos em contratos com e sem prazo.
Hollande quer ainda aumentar dos actuais oito mil para 50 mil o número de beneficiários abrangidos pelos contratos de profissionalização, formas jurídicas que permitem ao trabalhador a obtenção de uma qualificação profissional, ao mesmo tempo que proporcionam a entrada ou o regresso ao mercado de trabalho.
O Executivo quer ainda facilitar a criação de empresas através de um enquadramento fiscal mais favorável, que prometeu apresentar em breve.
De acordo com o organismo estatístico francês, a taxa de desemprego no terceiro francês foi de 10,6%, um aumento de 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior, o valor mais elevado em 18 anos.