O petróleo pode acabar?
O petróleo é um recurso natural não renovável, e isso significa que vai acabar dentro de algumas décadas. Há quem indique que pode durar mais 50 anos, mas a descoberta recente de novas jazidas leva alguns especialistas a não indicar uma data específica para o fim.
Porque é tão importante nos dias de hoje?
Passou a ser principal fonte de energia para diversos setores e atividades económicas, nomeadamente nos transportes e indústria. Acabou por gerar uma grande dependência económica de muitos países que produzem menos do que consomem.
Há excesso de oferta?
A Agência Internacional de Energia acredita que o mercado petrolífero internacional irá continuar com elevados excedentes até ao final de 2016. Esta perspetiva é justificada pelo esperado abrandamento da procura, combinado com a maior oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Se há excesso porque é que a produção se mantém?
Apesar da queda dos preços, a OPEP, cujos membros produzem um terço do petróleo no mundo, não querem reduzir o seu nível de produção e têm-se esforçado para manter a produção em 30 milhões de barris diários. O cartel atualmente produz cerca de 32 milhões de barris por dia, mas esse volume deve subir ainda mais nos próximos meses com a possibilidade de o Irão – o quinto maior produtor de petróleo da OPEP – aumentar em breve as suas exportações de ‘ouro negro’. As sanções internacionais ao Irão podem ser levantadas na próxima semana, permitindo a Teerão aumentar as exportações de petróleo.
O excesso de oferta pode significar uma inversão na descida de preços?
À medida que o excesso de oferta empurrou o preço do petróleo para valores mínimos numa década, a queda do investimento em países produtores de petróleo como Venezuela e Rússia e em empresas como a Exxon Mobil e Royal Dutch Shell trouxe como consequência uma menor produção de barris. Há quem antecipe que possa no futuro haver de novo escassez de petróleo e uma maior predisposição a pagar mais para obtê-lo. Esta situação poderia marcar o começo de um ciclo que familiar noutras matérias-primas como o ouro e o cobre: com o colapso de preços provocado pelo excesso da oferta, há cortes no investimento que acabam por afogar a oferta e empurrar os preços de novo para cima. Isto criaria as bases para uma nova expansão do setor e para um futuro excesso de ofertas. Segundo esta interpretação, as desvalorizações e subidas de são fenómenos cíclicos.