"A eutanásia é uma questão para referendo, tal como o aborto, por exemplo. É bom que estas questões sejam discutidas profundamente por todos e não apenas pelos partidos políticos", salientou o ex-líder do PSD, que reservou para mais tarde uma tomada de posição.
Acrescentando que em democracia não deve haver discussões tabu, Mendes cumprimentou os promotores do movimento cívico 'Direito a morrer com dignidade', que ontem lançou oficialmente um manifesto subscrito por 112 personalidades, defendendo a despenalização e regularização da morte assistida.
"O direito à vida faz parte do património ético da Humanidade e, como tal, está consagrado nas leis da República Portuguesa. O direito a morrer em paz e de acordo com os critérios de dignidade que cada um construiu ao longo da sua vida também tem de ser. É imperioso acabar com o sofrimento inútil e sem sentido, imposto em nome de convicções alheias. É urgente despenalizar e regulamentar a morte assistida”, afirma-se no documento.
Na lista de signatários do manifesto encontram-se, por exemplo, Paula Teixeira da Cruz, Rui Rio, Sobrinho Simões, Pilar del Rio, Sampaio da Nóvoa, Pacheco Pereira, Ana Zanatti e Manuel Luís Goucha.