Por isso, a mais recente alteração no negócio da companhia aérea teve de ser explicada hoje no Parlamento, pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.
Neste debate de urgência no Parlamento sobre a TAP muitas perguntas ficaram sem resposta, nomeadamente, em que questões poderá o Estado intervir. O acordo anunciado na semana passada foi ainda fortemente criticado pelos partidos de direita e também de esquerda. Por mais do que uma vez, o Bloco de Esquerda questionou ainda os benefícios que a Azul – companhia aérea de David Neeleman – pode tirar deste negócio. Heitor de Sousa relembrou que a empresa brasileira vive problemas financeiros muito graves, somando prejuízos.
Embora muitas questões tenham sido levantadas, a maioria ficou sem resposta. Por esclarecer ficou como é que vai ser feita a gestão com 50% do capital na mão do Estado e outros 50% na mão dos privados? Também não ficou claro de que forma vai o Estado ter influência na estratégia da empresa.
Outra questão que ainda não tem resposta é se haverá investimento do Estado na compra dos novos aviões.
Facto é que em relação à polémica da suspensão de rotas no Porto, o Governo nada parece ter a dizer. As questões foram remetidas para a empresa, que afirma, categoricamente, que as rotas anunciadas serão suspensas já em março.