O Presidente Recep Erdogan e o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu apontaram o dedo ao ilegalizado partido curdo da Turquia, o PKK, e ao seu homólogo na Síria, o PYD, que rejeitaram as acusações.
“Apesar de os líderes do PYD e do PKK dizerem que nada têm a ver com o assunto, a informação recolhida pelo ministro do Interior e os serviços de informações determinaram que o ataque foi da sua autoria”, respondeu Erdogan.
Mais tarde, foi o primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu, a identificar um sírio de origem curda como o homem que conduzia o carro bomba que ontem embateu contra autocarros que transportavam soldados, junto do Parlamento e de edifícios militares no centro de Ancara.
“Foi determinado com um grau de certeza que o ataque foi levado a cabo por membros da organização terrorista separatista em conjunto com um membro do YPG [o ‘braço armado’ do PYD, as Unidades de Proteção Popular] que se infiltrou desde a Síria” disse Davutoglu aos jornalistas. O homem foi identificado como Salih Neccar, sírio de origem curda, de 24 anos.
A Turquia tem estado a bombardear posições curdas do outro lado da fronteira, na Síria, e tem intensificado a pressão junto dos Estados Unidos para avançar com um ataque terrestre. Ancara está preocupada com o sucesso militar e avanço no terreno dos curdos, que há décadas lutam pela independência do seu território que foi anexado por Ancara.
Mas o PYD tem sido cruciais para os EUA na luta contra o Estado Islâmico na Síria, sendo as mais eficazes no combate. Washington tem estado assim a tentar equilibrar os dois pratos da balança, mantendo o auxílio militar às forças turcas, mas com limites – tentando não afrontar o seu importante aliado turco.