Para Catarina Martins, este Orçamento "começa a trazer oxigénio a uma economia que a austeridade estava a asfixiar", mas não chega.
Apesar de elencar as medidas sociais e de reposição de rendimentos e apoios do Orçamento, a líder do BE admite que o que está previsto não chega para dar resposta aos problemas do país. "Tudo isso é ainda muito pouco na vida de quem falta tanto", reconheceu, explicando que medidas como o direito a um subsídio social de desemprego a todos os que não têm trabalho exigiria a renegociação da dívida.
Catarina Martins assegura, de resto, que não pretende deixar cair o pedido de renegociação da dívida, mas sustenta que a alternativa de não apoiar este Governo levaria a medidas mais duras como as que Passos Coelho tinha prometido em Bruxelas no Programa de Estabilidade.
António Costa deixou sem resposta o pedido de mais dureza em relação a Bruxelas, mas lembrou que este é apenas o primeiro de "quatro Orçamentos" que este Governo pretende apresentar e executar, frisando que ainda há muito caminho para percorrer.
Costa mostrou-se, de resto, aberto a propostas da esquerda, desde que com impacto orçamental neutro, elogiando a ideia da tarifa social da energia dada pelo BE e apresentando-a como um exemplo de como o Governo pretende aproveitar as propostas da esquerda desde que elas não ponham em causa os compromissos europeus.