Quatro mulheres entre os 22 e os 27 anos terão burlado diversas pessoas através da internet, extorquindo centenas de milhares de euros. Depois de ter o dinheiro na sua posse, os montantes entravam num esquema de branqueamento de capitais para que a sua origem fosse dissimulada. Foram todas detidas no âmbito da Operação Salto Alto da Polícia Judiciária.
Os investigadores descobriram que as mulheres “de forma continuada, organizada e conjuntamente com um número significativo de outros arguidos, colaboravam entre si para ilicitamente se apoderarem de quantias monetárias de terceiros, através da utilização ilícita da ‘banca online’, uma atuação que, no meio, é conhecida como ‘phishing’.”
Neste operação foi ainda identificado o papel de cada um dos arguidos no esquema, desde os líderes aos angariadores, passando pelo “money mules”.
Num comunicado enviado ontem, a PJ refere que “as detidas foram presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação das medidas de coação processuais adequadas”. A investigação vai continuar.
Alerta da Polícia Judiciária
A Polícia Judiciária deixa diversos conselhos para que se evitem esquemas idênticos. Em primeiro lugar é preciso prestar atenção “aos ‘avisos de fraude’ frequentes divulgados pelos bancos nos próprios sites institucionais”. Fonte oficial da PJ refere ainda que ninguém deve “preencher, ou entregar em páginas da internet, os dígitos relativos ao chamado ‘cartão matriz’.”
Além destes dois alertas, lembram que não se deve disponibilizar “as contas bancárias [próprias] para facilitação de receção de dinheiros movimentados ilicitamente, ou de cuja proveniência não esteja certo de ser legítima”. Por fim, aconselham que se recuse “propostas de trabalho de pretensas empresas estrangeiras que procuram em Portugal um suposto ‘agente comercial’”.