As rendas na rua Augusta subiram 30% no ano passado com os valores a atingir os 70 euros por metro quadrado por mês. Também na avenida da Liberdade e no Chiado verificou-se um crescimento de 11% face ao ano anterior. Esta é uma das conclusões do estudo da consultora CBRE e afirma que “o comércio de rua é um dos setores imobiliários que mantém um forte dinamismo em grande parte à conta do turismo, que continua a bater recordes ao nível das dormidas e proveitos, e da reabilitação urbana”.
Para este ano as perspetivas são animadoras. De acordo com a consultora, prevê-se a continuação da entrada de novas lojas no mercado em 2016, resultado da reabilitação de edifícios.
“A procura de espaços nas principais artérias de rua de Lisboa deverá manter-se forte, em particular nas zonas prime da Avenida da Liberdade e do Chiado enquanto zonas como a Baixa começam a ficar mais consolidadas, em virtude do aumento do fluxo pedonal e da reabilitação de edifícios”, salienta a diretora de research e consultoria da CBRE, Cristina Arouca.
Segundo a responsável, a dinâmica do comércio de rua, até aqui condicionada pela escassez de produto, deverá ser impulsionada com a entrada no mercado, ao longo de 2016, de cerca de 20 lojas, situadas em edifícios que se encontram atualmente em reabilitação. Metade desta oferta está prevista para a Avenida da Liberdade.
Também no Porto verificou-se este dinamismo no comércio de rua, nomeadamente em Santa Catarina, no Passeio dos Clérigos e no Quarteirão das Cardosas. Este aumento da procura acabou por se refletir nas rendas prime, em que se assistiu a um crescimento de 17% face ao final de 2014.
Para este ano, o aumento da procura deverá manter-se. “Perspetiva-se uma procura muito positiva no domínio da restauração e da moda, sendo também expectável uma subida da renda prime em 2016”, conclui a CBRE.