O acordo entre os EUA e a Rússia, aliás, já estabelecia que a ofensiva poderia continuar contra os extremistas islâmicos, como o ISIS ou a Frente al-Nusra, que também combate nas fileiras dos rebeldes que lutam contra Bashar al-Assad.
Também a ajuda humanitária tem progredido, com alguns entraves, nomeadamente com a acusação de que o regime desvia medicamentos de alguns ‘comboios’ de bens. 115 mil pessoas já receberam um auxílio básico.
Ontem, os líderes da Rússia, Alemanha, França, Itália e Reino Unido falaram ao telefone sobre o cessar fogo. Angela Merkel pediu à Rússia para «exercer a sua influência» para que Assad cumpra o acordado e assinalaram a Putin a satisfação com o «facto destas frágeis tréguas estarem a aguentar-se», sendo importante usar o momento para criar uma «dinâmica positiva» nas negociações de paz. Foi ainda criticada a intenção de Assad de realizar eleições legislativas em abril. «Não é apenas provocativo, mas completamente irrealista», comentou Francois Hollande.
As negociações de paz deveriam recomeçar quarta-feira, mas foram adiadas por uma semana, por razões logísticas – o Salão Automóvel de Genebra lotou os hotéis da cidade. O objetivo primordial é que o cessar-fogo continue, e, segundo o MNE russo Sergey Lavrov, «não há relação» entre este e o processo de paz, que «devem correr em paralelo». Quanto às tréguas, «podem durar por tempo indeterminado».