A associação de tranportadores (ANTRAM) suspendeu a marcha lenta que tinha agendada para o próximo dia 23 de março. A entidade que conta mais de duas mil empresas associadas ameaçou utilizar cerca de 15 mil camiões de transporte de mercadorias para protestar contra o aumento do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) que compromete a competitividade do setor e, consequentemente, a sobrevivência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho.
Este adiamento surgiu depois de o Executivo ter alargado âmbito da reunião, agendada para 30 de março, a outras pastas do governo. "O encontro contará, assim, não só com o Ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, mas também com o Ministro das Finanças, o Ministro da Economia, o Ministro do Ambiente e as respetivas Secretarias de Estado", salientou a associação.
Segundo a ANTRAM, se em Portugal a carga fiscal for superior, as empresas portugueses deste setor terão necessariamente um custo de produção superior aos demais concorrentes europeus. "O Governo já propôs uma majoração do custo com o combustível em 20% (em sede de IRC). Medida que ANTRAM rejeita porque nos termos apresentados não permite atingir o valor que as empresas terão que suportar com o aumento do ISP", salienta.
Atualmente, Espanha é o país que mais garante o abastecimento aos transportadores portugueses. Segundo os números mais recentes, cerca de 80% dos camiões nacionais abastecem no país vizinho, sendo que apenas 10% o fazem em Portugal, seguido de França e Alemanha, com 5% cada. "Números que revelam a perda que a política de combustíveis em Portugal representa para o Estado", conclui.
Na sequência da informação divulgada abaixo, segue este e-mail para dar conta de que a marcha lenta foi suspensa, uma vez que o Executivo alargou o âmbito da reunião, agendada para 30 de março, a outras pastas do Governo. O encontro contará, assim, não só com o Ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, mas também com o Ministro das Finanças, o Ministro da Economia, o Ministro do Ambiente e as respetivas Secretarias de Estado.