Em comunicado, a agência de rating explica que está “cada vez mais preocupada” com a situação do banco, face à aproximação da data limite para o banco corrigir a exposição a Angola, um mercado considerado de risco pelo organismo de Mario Draghi.
O Banco Central Europeu (BCE) deu até 10 de Abril deste ano para o banco de Fernando Ulrich corrigir este problema. O BPI tem uma exposição de 3,6 mil milhões de euros ao Estado angolano e 1,3 mil milhões de euros ao Banco Nacional de Angola, o que excede as recomendações do BCE num total de 3,2 mil milhões de euros.
O CaixaBank e Isabel dos Santos estão a negociar a uma solução para o problema – os Espanhóis comprariam a participação da empresária angolana no BPI e em troca venderiam parte da posição que têm no BFA em Angola-, mas até agora as negociações foram infrutíferas.
Devido a esta “falta de avanços visíveis” na resolução do problema em Angola, a Moody’s possível downgrande deve ao “aumento dos riscos descendentes” no perfil de crédito do BPI, A agência de notação aponta os “riscos elevados” associados à exposição do BPI a angola, um país cujo rating também pode descer.
“Como o prazo do BCE está a aproximar-se, a Moody está cada vez mais preocupada com as consequências no perfil de crédito do BPI e com a imposição de ações correctivas pelo BCE, se o prazo não for cumprido nem prorrogado pelas autoridades competentes”, refere o comunicado da agência.
A Moody’s espera concluir a revisão do rating “nas próximas semanas”, quando forem mais visíveis as medidas para reduzir os riscos do BPI em Angola. Se não forem feitos avanços netse período, a agência de rating irá avaliar as implicações de eventuais “acções correctivas solicitadas pelo BCE” se a data limite imposta pelo banco central não for cumprida.