“Se eu lá fosse ainda me arriscava a ser um elemento central do Congresso. O dr. Pedro Passos Coelho resolveu candidatar-se, com base em ter sido o mais votado (embora não o vencedor). Tem essa legitimidade, eu não quero perturbar” – justificou o social-democrata e ex-presidente da Câmara do Porto em entrevista à TSF.
Esta não foi, porém, a única ‘indireta’ ao atual líder do PSD. Na mesma entrevista, Rui Rio manifesta o seu apoio ao primeiro-ministro e ao Presidente da República quanto à forma como têm procurado “influenciar” a resolução dos atuais problemas na banca: “O poder político, podendo, deve interferir e influenciar as grandes questões estratégicas para o país (…) Se calhar não é assim para um liberal, mas tenho uma perspetiva social-democrata”.
Rui Rio faz críticas explícitas ao BCE e ao modo como está a interferir no rearranjo da banca portuguesa de forma a concentrá-la nas mãos de capital espanhol e, inclusive, barrando o capital angolano: “Uma coisa é usar poderes de supervisão, outra é prejudicar o interesse nacional. Não permitir que Isabel dos Santos entre no BCP é intolerável. Porque o que está em causa é conseguir que seja determinado banco o acionista do BCP” (no caso, um espanhol).