A garantia foi dada pelo banco liderado por Fernando Ulrich, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“O Banco BPI torna público ter sido informado pelo CaixaBank, S.A. e pela Santoro Finance – Prestação de Serviços, S.A. que se encerraram hoje com sucesso as negociações que os envolveram para encontrar uma solução para a situação de incumprimento pelo Banco BPI do limite de grandes riscos. Esta solução foi já comunicada ao Banco Central Europeu e ao Banco de Portugal e encontra-se vertida num conjunto de documentos contratuais que serão apresentados aos órgãos sociais competentes nos próximos dias e que, tão logo sejam aprovados, serão comunicados ao mercado”, adianta em comunicado.
De momento, ainda não sabem pormenores em relação ao que foi acordado. No entanto, esta noite, Marques Mendes afirmou que uma das condições para a saída da angolana do capital do BPI passaria pela entrada do Banco Fomento de Angola (BFA) na bolsa de Lisboa, através da Unitel.
As negociações decorreram ao longo do dia de hoje, mas o acordo foi fechado quase no final do prazo dado pelo BCE. Recorde-se que se as entidades não tivessem chegado a acordo hoje, o BPI arriscava uma multa de 160 mil euros diários.
Também António Costa disse, este fim de semana, que estava confiante na resolução do problema. “Não há nenhuma razão, neste momento, para não confiar que as partes vão chegar a um entendimento em tempo útil [até domingo]”, revelou numa entrevista à TSF e DN.
Angola está na lista de países que o BCE considera não terem supervisão equivalente às práticas europeias, razão pela qual impôs, há um ano, o prazo de 10 de abril para que o BPI reduzisse a sua exposição ao mercado angolano.