No entanto, a esquerda parlamentar já se mostrou favorável à redução do número de alunos por turma. Em debate na Assembleia estiveram já três propostas de lei – do PCP, Verdes e BE – e projetos de resolução do PS, CDS e BE.
Apesar de cada partido ter a sua própria ideia do que seria uma turma ideal, já se mostraram disponíveis para chegar a um consenso. Para o Bloco, o número máximo de alunos no 1.º ciclo deve ser 20 e nos outros ciclos de escolaridade 22. Já o PCP e os Verdes querem um máximo de 19 alunos nos primeiros quatro anos de escolaridade e de 20 do 5.º ao 9.º ano. O CDS optou por não divulgar os números, pedindo apenas ao governo que avance com “um estratégico e adequado dimensionamento das turmas”. Recorde-se que durante o governo de Passos, com Nuno Crato à frente da pasta da Educação, o número máximo de alunos por turma no 1º ciclo passou de 25 para 26 e nos restantes ciclos de escolaridade de 28 para 30.
De forma a que sejam reunidos o máximo de dados sobre o tema antes que seja tomada uma decisão final, o Conselho Nacional de Educação divulgou os custos inerentes à redução de alunos por turma. Assim, tendo por base o custo médio anual de um docente contratado e de um assistente operacional, o encargo financeiro direto resultante seria superior a 750 milhões de euros.