É oficial: Espanha vai ter eleições a 26 de junho

Depois de o prazo de Pedro Sánchez do PSOE para formar governo em Espanha ter acabado, o rei espanhol Felipe VI assinou hoje o decreto de dissolução do parlamento e marcou novas eleições para 26 de junho.

"Vamos esperar que todos tenhamos aprendido a lição e que o próximo parlamento alcance um acordo de governo tão cedo quanto possível", disse o rei espanhol, dada a incapacidade dos partidos em formar governo, que deixou Espanha num impasse político desde as últimas eleições, em dezembro.

Segundo os prazos previstos no decreto assinado pelo rei espanhol, a campanha eleitoral terá início a 10 de junho e o a 19 de julho será constituido o próximo Congresso dos Deputados.

Esta é a primeira vez que a vizinha Espanha terá eleições anticipadas. "É a primeira vez que isto acontece porque não soubemos cumprir o mandato dos cidadãos", avançou Patxi López, presidente do Congresso dos Deputados.

A partir deste momento, todos os partidos terão até ao dia 13 de maio para apresentar candidaturas em coligação. O último dia para que sejam apresentadas candidaturas é 23 de maio.

Sondagens 

Segundo várias sondagens que têm sido divulgadas pela imprensa espanhola, Rajoy continua a manter a liderança, que já tinha conseguido em dezembro passado, aumentando até o número de assentos: subiu de 123 para 127. 

Também o PSOE mostra uma subida de 90 para 95 assentos. A surpresa está no Podemos, que é o único a demonstrar uma descida brutal: passou de 69 para 46 – o que permitiu o aumento do Ciudadanos, que de momento está bastante próximo: em dezembro tinha 40 assentos e agora as sondagens atribuem-lhe 45.

Todas as sondagens apontam para que em junho aconteça o mesmo que sucedeu em dezembro: nenhum partido conseguirá alcançar a maioria absoluta.