A carta surge dias antes antes de um encontro em londres sobre corrupção através de offshores, que deverá contar com a presença de 40 líderes políticos internacionais, bem como representantes do Banco Mundial e do FMI.
Os subscritores incentivam os líderes mundiais a “fazer movimentos significativos para acabar com a era dos paraísos fiscais”. Justificam que os paraísos fiscais não contribuem para a riqueza ou bem-estar a nível global e que “não servem qualquer propósito económico útil”.
Segundo a carta, estas jurisdições apenas beneficiam “alguns indivíduos ricos e corporações multinacionais à custa dos outros” e que, desta forma, servem apenas para aumentar a desigualdades.
A missiva é subscrita por vários investigadores de referência no campo das políticas públicas. No caso dos portugueses, Alexandre Abreu é um investigador do Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina, do ISEG. Doutorado pela Universidade de Londres, é co-autor do blogue Ladrões de Bicicletas e do livro “A Crise, a Troika e as Alternativas Urgentes”.
Já a economista Eugénia Pires estudou na School of Oriental and African Studies da Universidade de Londres e foi membro da Comissão de Auditoria da Iniciativa Cidadã para uma Auditoria à Dívida Pública.